sábado, 15 de outubro de 2011

Leon...


 Como é difícil falar da tristeza que senti ao receber a notícia da morte de Leon Cakoff. Tinha por ele a mais profunda de todas as admirações. Só o vi uma vez, pessoalmente, na inauguração do Unibanco Arteplex, no Crystal em Curitiba. Naquele dia assisti “Má Educação”, do Almodóvar. Leon. Ano passado, curtindo a raspa do tacho da Mostra de Cinema de São Paulo, cinco horas no Cine Livraria Cultura, “Carlos”, de Olivier Assayas, agradecia aos céus por ele existir, sonhar, inventar, propor, ousar e carimbar a necessidade do cinema como alimento tão necessário, qual água, arroz, feijão, batata, carne, amor e sexo. E agora é a hora de dizer adeus. Ai. Que é da arte, da aventura e da loucura, sem seus ousados heróis? A morte de Leon Cakoff é um golpe profundo no amor ao cinema, uma desesperança... Claro, o cinema segue e agora tem um anjo da guarda em outra dimensão. Deveriam erguer uma estátua ao Leon, em frente ao mais importante cinema de arte do Brasil. Qual? Aquele que insiste em buscar beleza onde ela está mais escondida. Puta saudade!

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