domingo, 4 de dezembro de 2011

FIM DE SEMANA PÓS PALCO GIRATÓRIO...

Desde que voltei da viagem pelo Palco Giratório/Sesc que uma incrível vontade de não fazer absolutamente nada tomou conta da minha alma e do meu corpo. Virei um bicho preguiça. Tenho feito operação tartaruga comigo mesmo. Feito o mínimo necessário para manter a vida em ordem e não cair em desgraça comigo mesmo. Mas para um maluco como eu, workaholic da informação, fazer nada se aproxima muito de ler, ver, pensar e projetar coisas para o futuro. Até quando, meu Deus, vou ter forças e energias para seguir mandando minhas balas? Tive tempo, por exemplo, de assistir com a Lea à minissérie “Downton Abbey”, vencedora do Emmy e que é uma diversão inteligentíssima em seis capítulos de um novelão tipicamente inglês recheado de humor, ironia, elegância e interpretações do mais alto nível. E se Maggie Smith ganhou o Emmy de atriz coadjuvante, porque realmente dá um show, o resto do elenco não fica atrás. Surpreende até a atriz Elizabeth McGovern, agora com 50 anos e que concorreu ao Oscar em 1982 por “Ragtime”. Digo surpreende porque ela está muito interessante, embora sempre tenha dado visíveis demonstrações de inexpressividade, inclusive no filme de Milos Forman. E se o assunto ainda é cinema, achei um tempinho pra assistir com o Guhstavo ao filme dos Muppets. Uma gracinha! Com incríveis momentos de alto humor e fofura. Eu acho que o filme vai ser um fracasso no Brasil. Não é o tipo de nostalgia que embala as saudades televisivas dos brasileiros e para esses nossos tempos de cinismo descabelado, os Muppets e suas ingenuidades não são antídoto. Eu me diverti muito. Só queria que fosse legendado, mas aí era pedir demais. Da água para o vinho. O Corinthians resolveu sagrar-se campeão do brasileirão (Campeão do brasileirão? Que horrível!) bem no dia em que faleceu o querido Sócrates! Nossa, torci demais para o Corinthians. Primeiro porque admiro a seriedade do Tite, que nem sei direito se é um treinador vip; e segundo porque, oras, nadar, nadar e morrer na praia seria injusto! Chega de sofrimento em massa e por razões fúteis! E já que eu falei de futebol, o que custa dar uma opiniãozinha sobre vôlei? A seleção do Bernardinho é tão especial, tão respeitada e admirada, que mesmo tirando o terceiro lugar na Copa do Mundo de Vôlei, merece aplausos! Como disse o Woody Allen: “a gente não pode ter tudo na vida...”, e por isso é bacana demais torcer para aqueles atletas que venceram tanto! Domingo bem cedo eu pulava na poltrona, roendo as unhas e vibrando com cada ponto. Sei lá como anda a relação interna do Bernardinho com o time, mas... Do vinho para o azeite. Prêmios? Começaram a pipocar os prêmios para o cinema americano. Começo a ficar irritado. Por quê? Alguém pode me dizer porquê a Meryl Streep é tão fantástica? Ela desponta novamente com uma super interpretação da Margareth Tatcher em “The Iron Lady”, já ganhou o prêmio de atriz no Círculo dos Críticos de Nova Iorque e lá estou eu, de novo, torcendo para que ela ganhe seu terceiro Oscar. Sei que não vai ganhar, que sempre vão achar alguma atriz para premiar, seja lá por qual razão, mesmo ela sendo a melhor do ano! Mas fico torcendo! Que fazer? E me irrito quando ela perde, como aconteceu há dois anos quando deram o Oscar para o poço de mediocridade que era o trabalho da Sandra Bullock, enquanto a divina Meryl destruía numa composição perfeita em “Julie & Julie”! Fazer o quê? Bem... prêmios... dizem de tudo, menos de tudo... E a temporada do Oscar promete: “Hugo”, do Martin Scorsese, “The Artist”, “We Need To Talk About Kevin”, “The Help”, “Tinker, Taylor, Soldier, Spy”, “Shame”com o maravilhoso Michael Fassbender, “The Descendants”, “J. Edgar” do Clint, com o Leonardo, “War Horse” e “Tintim”, do Spielberg, “My Week With Marilyn” com o Keneth Branagh interpretando Sir Laurence Olivier! É de tirar o fôlego? Será que vai sobrar alguma indicaçãozinha para o Woody e seu magnífico “Midnight in Paris”?  Do azeite para a merda. O Ministro do Trabalho finalmente pediu demissão. Sabe o quê? Não vou falar disto...!

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