sábado, 15 de outubro de 2011

Ando com a minha cabeça...



Sorry! Há tempos que não atualizo o blog. Mas acontece que a viagem pelo Palco Giratório/Sesc tem sido uma loucura. É tanta coisa nova, tanta experiência diferente, que sobra pouco tempo pra pensar, escrever, manipular (doce ou ironicamente) as palavras e dizer o que se pensa. Quase sempre só dá vontade de pensar e deixar que os pensamentos morram naturalmente, dormidos e sonhados de uma noite para a outra, sem a pretensão de transformá-los em frases. As ideias libertam ou escravizam, conforme a situação! De hotel em hotel, de cidade em cidade, de teatro em teatro, grandes vôos (Tam, Gol, Trip, Avianca...) e grandes platéias. Muita emoção! Um dia em Porto Velho, dois dias depois em Campo Grande, mais dois em Belo Horizonte e Ouro Preto (a cidade mais emocionante do Brasil!), mais um aeroporto e Vitória e amanhã bem cedo (06h40) um salto para João Pessoa. Em quatro cidades mais ou menos mil pessoas assistiram ao nosso “Evangelho Segundo São Mateus”, uma celebração, um encontro de tanto carinho e tanta admiração que nós temos partido delas com vontade de voltar amanhã. Em Belo Horizonte alguém disse: “Dá vontade de ir embora com vocês!” E isso é uma constante. E nos intervalos do teatro, que fazer? Ando lendo, quase no fim, “Um Dia”, do David Nicholls. Inspiração do Leandro Knopfolz e que foi bem difícil no começo, porque o estilo do cara é meio superficial e com uma tendência ao engraçadinho que parece nunca acalmar. Mas com o passar das páginas, a inspiração humana de falar de quem é apenas simples e pouco especial, vai tomando conta da narrativa e quando as humanidades afloram com suas esquisitices, patetices, estranhezas, risos e dores, tudo fica muito gostoso. O que acontecerá com Emma e Dexter? As próximas páginas dirão. E cinema? Ai, que falta me faz. De um Cinemark a outro, temos que admitir os blockbusters. Fui assistir “A Hora do Espanto”, refilmagem de um terror/terrir que assisti há bem uns vinte e cinco anos, tom direção do Tom Holland, com Chris Sarandon e Roddy Macdowall. Nessa nova (velhíssima!) versão, com vontade fajuta de ser teen, mas parecendo múmia, o vampiro de Chris é vivido pelo Colin Farell, cheio de charme, mas sem um décimo da ambigüidade do original. O que o primeiro tinha de frescor, charme, terror e graça, este novo tem de obviedade, chatice e redução. Uma bomba em 3D, que é puro desperdício de sangue e caninos. E ontem, sem a menor empolgação, fui ver, também em 3D, os “Três Mosqueteiros”de Paul W. S. Anderson, o diretor de mais de um “Resident Evil”. Pois não é que me surpreendi? É divertidíssimo e muito belo. Tudo funciona e se o roteiro comete algumas traições fatais ao original de Alexandre Dumas, algumas invenções em nome da ação, da aventura e do espetáculo funcionam muito bem. É jogar a fantasia pra cima e recolher como chuva de serpentinas e confetes! Muito legal! Claro, Milla Jovovich nunca faz uma Milady de Winter pérfida e ambígua, minimamente aceitável (nostalgia de Lana Turner - a melhor! - na versão de 1948 e de Faye Dunaway, na de 1973), mas Athos, Porthos e Aramis mandam demais e se Logan Lerman é muito piá para um Dartagnan tão impetuoso, o guri se diverte e faz de conta que é decidido. O filme é ótimo e uma surpresa. Sessão da tarde que pede pipoca e refrigerante. E? Bem... Leon Cakoff, Ruth Escobar, Miss Maggie Smith, o Ministro dos Esportes, o José Carlos Fernandes, Guhstavo Henrique, Thiago Inácio, Áldice, Speechless e tanta coisa pra falar, chorar, admirar, acariciar, saudar e aplaudir. Vamos escrevendo e viajando...

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